Proposição:
Gostaria de pensar com os irmãos nesta noite, sobre
a felicidade. Uma palavra simples, que traz no seu interior a resposta para a
nossa vida aqui na terra. Ela nos indica um alvo a ser atingido, um algo a ser
conquistado. Ela é a resposta para as ambições humanas, é a razão de viver do
ser humano.
Para alguns a felicidade é o ter: ter posses, ter
amigos, ter empregados, ter dinheiro, etc.
Para outros a felicidade é o ser: ser bem recebido,
ser elogiado, ser o primeiro, ser a única, ser famoso, etc.
No entanto para outros a felicidade é o poder:
poder dar ordens, poder fazer alguma coisa, poder comprar os outros, poder
falar o que pensa, poder ficar quieto, poder, poder, poder...
Pesquisas feitas acerca do que é ser feliz apontam
que o brasileiro é um povo feliz, um povo otimista, um povo onde a felicidade
não está associada à questão do ter ou poder e sim na questão do viver. Sou feliz por que estou vivo e com saúde. O brasileiro costuma dizer: tendo saúde a
gente corre atrás das outras coisas.
No final da década de 1970, 1978 para ser mais
preciso, uma canção chamada O Amanhã fez muito sucesso no Brasil, em particular
no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A cigana
leu o meu destino
Eu sonhei
Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?
Já desfolhei o mal me quer
Primeiro amor de um menino
E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz:
Que eu serei feliz, sempre feliz
Eu sonhei
Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?
Já desfolhei o mal me quer
Primeiro amor de um menino
E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz:
Que eu serei feliz, sempre feliz
Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser
Responda quem puder
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser
Essa canção popular indica
muito bem o espírito alegre e feliz do povo brasileiro.
O Texto:
O texto que lemos de Ester 8.15-17 nos informa que o período vivido pelo
povo judeu naqueles dias foi um período de felicidade, alegria, júbilo e honra.
Por quê?
A destruição havia sido declarada através da astúcia de Hamã (Et 3.12 e
13), um homem cuja a felicidade estava
no poder, porém sem respeitar os outros (Et
3.5 e 6). Deus proveu a
oportunidade de livramento (Et 8.11).
A felicidade tomou conta do povo judeu, porque DEUS lhes deu a
oportunidade de lutarem contra os seus inimigos. Deus não os livrou da ordem de serem aniq uilados, mas permitiu que eles fossem
motivados a conquistar o direito a vida.
Em cada lugar que chegava a notícia acerca da oportunidade de defesa,
havia festas e danças porque o povo entendeu que DEUS estava no controle.
As outras gentes que viviam no meio dos judeus viram tamanha alegria no
semblante desse povo, viram o respeito com o qual esse povo havia recebido o
comunicado do rei, viram o respeito e temor que esse povo dedicava ao seu DEUS
e essas outras gentes viram como esse DEUS (Jeová) cuida daqueles que o
servem. Esses povos foram contagiados e
convertidos ao judaísmo somente pelo proceder feliz e reverente dos judeus.
Esse povo confiante de que DEUS estava no controle se tornou imbatível
(Et 9.1).
Mas DEUS queria saber onde estava o coração desse povo.
No verso 11 do capítulo 8, a Bíblia nos informa que os judeus tinham o
direito de se protegerem dos seus inimigos e mata-los havendo necessidade,
dizia também que eles poderiam saquear os bens dos seus inimigos.
Nos versos 6 a 10 e 15 do capítulo
9, fica evidente que os judeus não saquearam os bens daqueles que os
perseguiam. Dessa forma eles mantiveram o seu coração totalmente reverente ao
Senhor e dando um testemunho vivo do propósito divino, eles não poderiam ser acusados de usar a matança para se tornarem ricos. Eles se limitaram a se defender.
A felicidade dessa gente não estava no ter, estava
no viver. Vivos eles poderiam trabalhar e
conquistar
aquilo que almejavam.
Aplicação:
A aplicação prática disso que temos visto no texto,
é que:
1º A nossa felicidade deve estar posta na rocha
chamada Cristo. Ele é aquele que deu a sua vida para libertar a
muitos, da mesma forma como o decreto de lutar pela vida chegou aos judeus,
Cristo é o decreto de que o ano aceitável do Senhor chegou (Lc 4.18-19).
2º Nós devemos lutar por alguma coisa. Nossa vida
não pode se resumir a trabalhar, comer e dormir. Se os judeus fossem
um povo rebelde, jamais o Rei autorizaria um decreto acerca de liberdade. Se
eles fossem isolados, encolhidos dentro do de si mesmos, não iriam contagiar os
povos que ali conviviam com eles. Precisamos deixar a marca de DEUS nessa
geração. De que forma? Aproveitando para sermos bons funcionários nos nossos
empregos, respeitar as autoridades e as leis vigentes. Não existe jeitinho brasileiro,
existe jeito bíblico (1Pe 2.11 a 17).
3º A nossa confiança deve estar em DEUS.
Os judeus quando souberam do primeiro decreto, não suscitaram rebelião, mas
foram lamentar e jejuar (Et 4.3) Devemos crer que DEUS está no controle de
todas as situações (Salmo 40. 1 a 3).
4º A alegria e felicidade deve estar na vida do cristão, afinal
a morte já foi vencida e a vitória esta com aqueles que lavaram as suas vestes
com o sangue do cordeiro. Os justos devem se alegrar no Senhor (Salmos 32.11).