domingo, 12 de janeiro de 2014

A NOSSA FELICIDADE

 Ester 8.15-17

Proposição:

Gostaria de pensar com os irmãos nesta noite, sobre a felicidade. Uma palavra simples, que traz no seu interior a resposta para a nossa vida aqui na terra. Ela nos indica um alvo a ser atingido, um algo a ser conquistado. Ela é a resposta para as ambições humanas, é a razão de viver do ser humano.

Para alguns a felicidade é o ter: ter posses, ter amigos, ter empregados, ter dinheiro, etc.

Para outros a felicidade é o ser: ser bem recebido, ser elogiado, ser o primeiro, ser a única, ser famoso, etc.

No entanto para outros a felicidade é o poder: poder dar ordens, poder fazer alguma coisa, poder comprar os outros, poder falar o que pensa, poder ficar quieto, poder, poder, poder...

Pesquisas feitas acerca do que é ser feliz apontam que o brasileiro é um povo feliz, um povo otimista, um povo onde a felicidade não está associada à questão do ter ou poder e sim na questão do viver.  Sou feliz por que estou vivo e com saúde.  O brasileiro costuma dizer: tendo saúde a gente corre atrás das outras coisas.

No final da década de 1970, 1978 para ser mais preciso, uma canção chamada O Amanhã fez muito sucesso no Brasil, em particular no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A cigana leu o meu destino
Eu sonhei
Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?
Já desfolhei o mal me quer
Primeiro amor de um menino
E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz:
Que eu serei feliz, sempre feliz
Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser

      Essa canção popular indica muito bem o espírito alegre e feliz do povo brasileiro.

O Texto:

O texto que lemos de Ester 8.15-17 nos informa que o período vivido pelo povo judeu naqueles dias foi um período de felicidade, alegria, júbilo e honra. Por quê?

A destruição havia sido declarada através da astúcia de Hamã (Et 3.12 e 13), um  homem cuja a felicidade estava no poder, porém sem respeitar os outros (Et  3.5 e 6). Deus proveu  a oportunidade de livramento (Et 8.11).

A felicidade tomou conta do povo judeu, porque DEUS lhes deu a oportunidade de lutarem contra os seus inimigos.  Deus não os livrou da ordem de serem aniq         uilados, mas permitiu que eles fossem motivados a conquistar o direito a vida.

Em cada lugar que chegava a notícia acerca da oportunidade de defesa, havia festas e danças porque o povo entendeu que DEUS estava no controle.

As outras gentes que viviam no meio dos judeus viram tamanha alegria no semblante desse povo, viram o respeito com o qual esse povo havia recebido o comunicado do rei, viram o respeito e temor que esse povo dedicava ao seu DEUS e essas outras gentes viram como esse DEUS (Jeová) cuida daqueles que o servem.  Esses povos foram contagiados e convertidos ao judaísmo somente pelo proceder feliz e reverente dos judeus.

Esse povo confiante de que DEUS estava no controle se tornou imbatível (Et 9.1).

Mas DEUS queria saber onde estava o coração desse povo.

No verso 11 do capítulo 8, a Bíblia nos informa que os judeus tinham o direito de se protegerem dos seus inimigos e mata-los havendo necessidade, dizia também que eles poderiam saquear os bens dos seus inimigos.

Nos versos 6 a 10  e 15 do capítulo 9, fica evidente que os judeus não saquearam os bens daqueles que os perseguiam. Dessa forma eles mantiveram o seu coração totalmente reverente ao Senhor e dando um testemunho vivo do propósito divino, eles não poderiam ser acusados de usar a matança para se tornarem ricos.  Eles se limitaram a se defender.

A felicidade dessa gente não estava no ter, estava no viver. Vivos eles poderiam trabalhar e
conquistar aquilo que almejavam.

Aplicação:
A aplicação prática disso que temos visto no texto, é que:

         A nossa felicidade deve estar posta na rocha chamada Cristo. Ele é aquele que deu a sua vida para libertar a muitos, da mesma forma como o decreto de lutar pela vida chegou aos judeus, Cristo é o decreto de que o ano aceitável do Senhor chegou (Lc 4.18-19).

         Nós devemos lutar por alguma coisa. Nossa vida não pode se resumir a trabalhar, comer e dormir. Se os judeus fossem um povo rebelde, jamais o Rei autorizaria um decreto acerca de liberdade. Se eles fossem isolados, encolhidos dentro do de si mesmos, não iriam contagiar os povos que ali conviviam com eles. Precisamos deixar a marca de DEUS nessa geração. De que forma? Aproveitando para sermos bons funcionários nos nossos empregos, respeitar as autoridades e as leis vigentes. Não existe jeitinho brasileiro, existe jeito bíblico (1Pe 2.11 a 17).

         A nossa confiança deve estar em DEUS. Os judeus quando souberam do primeiro decreto, não suscitaram rebelião, mas foram lamentar e jejuar (Et 4.3) Devemos crer que DEUS está no controle de todas as situações (Salmo 40. 1 a 3).

         A alegria e felicidade deve estar na vida do cristão, afinal a morte já foi vencida e a vitória esta com aqueles que lavaram as suas vestes com o sangue do cordeiro. Os justos devem se alegrar no Senhor (Salmos 32.11).