Uma parábola moderna
do casamento
Para ilustrar, vamos
acompanhar a vida de um casal fictício: Cláudio e Sônia. Eles começaram a
namorar no último ano do colegial. Logo depois da formatura, juntaram os trapos
e passaram a viver juntos num pequeno apartamento, sem os benefícios de uma
certidão legal ou de uma cerimônia de casamento. "Além do mais",
diziam eles, "todo o mundo está fazendo isso".
Ambos entraram na
faculdade e trabalharam em coisas estranhas. Em algum momento, eles descobriram
que, para pagar as contas, precisavam de dinheiro.
Então veio a
calamidade. Sônia ficou grávida. Contra as ordens expressas de Cláudio, ela
decidiu ter o bebê. Então, saiu da faculdade e, alguns meses depois, um menino
chegou a seu lar.
Cláudio se sentia
responsável pelo bebê, mas estava ressentido com sua presença. Ele estava com
um enorme fardo financeiro. Além disso, os pais de ambos, bem como Sônia, o
estavam pressionando para que regularizasse seu relacionamento. Ele finalmente
cedeu e ambos realizaram uma discreta cerimônia civil.
Entraram na rotina
doméstica, ainda que a contragosto. Tão logo foi possível, Sônia começou a
trabalhar para uma empresa de computação, deixando seu filho numa creche.
Cláudio continuou a
estudar, enquanto trabalhava meio período numa loja de conveniência. Eles
estavam obtendo recursos financeiros, mas isso mal pagava as contas.
Então, Sônia se viu
grávida outra vez, para desespero de Cláudio. Ele a culpou por não ser
suficientemente cuidadosa. Nesta gravidez, ela passou muito mal e precisou
deixar o emprego.
Isto complicou ainda
mais tanto suas finanças quanto seu relacionamento. Quando sua filha nasceu, a
tensão estava no seu auge. Seu relacionamento estava na corda bamba. Eles mal
se falavam. Quando o faziam, brigavam por qualquer coisa.
Finalmente Cláudio se
formou e conseguiu um cargo inicial num escritório de advocacia. Uma de suas
colegas era uma linda moça solteira, mais velha que ele e muito compreensiva
com sua situação.
A compreensão evoluiu
para intimidade no momento em que Cláudio iniciou um caso com sua amiga
"compreensiva". Sônia suspeitou que algo estava errado e, quando
outra pessoa viu Cláudio com aquela mulher, ela o confrontou.
Bastante agressivo,
Cláudio culpou Sônia por todos os problemas que ambos enfrentavam e explodiu,
colocando suas roupas numa mala. Sônia deu início ao processo de divórcio.
Depois que a poeira assentou e se transformou em lama, o juiz lhe deu a
custódia das crianças.
Batalhas legais se
arrastaram por vários meses. Apesar de Cláudio tentar obter a custódia dos
filhos, as crianças permaneceram com Sônia. Durante todo este processo, a
família se fragmentou, deixando profundas cicatrizes nas crianças.
Por fim, ambos se
casaram novamente. Cláudio logo se divorciou de sua segunda esposa e começou a
se relacionar com uma terceira mulher. Enquanto isso, o filho de Cláudio e
Sônia se tornou um problema sério, rebelando-se contra qualquer autoridade e
tendo problemas com a polícia e até com a justiça.
Mais tarde já adulto,
o filho reproduziu as ações de seu pai e viveu uma vida infeliz, entrando e
saindo de diversos relacionamentos temporários. Sua filha se divorciou duas
vezes e viveu com dois outros homens. Os netos passavam temporadas ora com o
pai, ora com a mãe. Alguns deles deixaram a escola e se envolveram com drogas,
álcool e sexo. Parecia que eles estavam seguindo os mesmos caminhos que seus
pais haviam trilhado...
Algumas pessoas dizem
que a infidelidade conjugal e o divórcio não deixam feridas nas crianças. Mentira!
Lares partidos ferem o espírito dos filhos e aumentam em muito as chances de
que eles desçam pelo mesmo caminho escorregadio da desintegração da família que
seus pais trilharam. Assim como os filhos de alcoólatras ou de pais que
praticavam abuso podem fazer o mesmo, a tendência ao divórcio parece migrar dos
pais para os filhos, muito embora os filhos odeiem o que aconteceu com seus
pais e com eles próprios.
Isto é um círculo
vicioso. Divórcio gera divórcio. Lares destruídos geram lares destruídos. Famílias
com apenas um dos pais geram famílias com apenas um dos pais. E o ciclo
continua, deteriorando vidas e os próprios fundamentos da sociedade.
Isto chama-se falta de equilíbrio dentro do lar,
existe uma disputa por espaço (autoridade) dentro da mesma casa, por conta do entendimento distorcido a
respeito da autoridade dentro do lar.
A Bíblia nos indica pelo menos três
situações relacionadas ao este tema:
1)
Quando
falta o temor exemplar pela autoridade constituída.
Números
16.1-40
Coré,
Datã e Abirão se rebelam contra a autoridade de Moisés e suas famílias sofrem
as consequências da rebelião.
2)
Quando
a autoridade decide servir ao Senhor.
Josué 24.15
Josué
havia visto acontecer esta grande tragédia na vida de desses homens e suas
famílias e quando o povo tomou a terra prometida, poderia haver algum desejo de
voltar as coisas que haviam ficado no Egito. Josué sabiamente, como autoridade
constituída por DEUS no meio daquela congregação, assumiu o compromisso de
servir ao Senhor. (Jr 11.10-11)
3)
Quando
há equilíbrio dentro do lar.
Juízes
4.1-24
A
casa de Débora (abelha, vespa) é um exemplo claro de equilíbrio dentro do
lar. A Bíblia têm todo o cuidado de
mencionar que Débora era uma mulher casada. Seu marido Lapidote (tocha) deixava
que ela exercesse o seu ministério profético debaixo da palmeira de Débora em
Efraim. Ele entendia que isto era do Senhor e ela sabia que deveria ser um
exemplo de obediência (Pv 28.9) para que Deus continuasse a falar por meio dela.
O QUE A BÍBLIA DIZ
A maior autoridade no lar cristão é a Palavra de DEUS, não só no lar,
mas todos relacionamentos entre os seres humanos devem estar pautados pela
Palavra de DEUS. O homem deve respeitar o espaço da mulher e a mulher deve
respeitar o espaço do homem. Nenhum dos dois devem se anular, pelo contrário,
segundo as Escrituras (Efésios 5.22-33; 6.1-4), o homem deve ser o cabeça
dentro do lar, sustentando e cuidando para que haja a manutenção do mesmo, e
DEUS lhe pedirá contas disso . A mulher deve auxiliá-lo neste propósito,
entendendo que DEUS também pedirá contas acerca do seu auxílio. E os filhos
devem entender que estão sendo lapidados, educados para viverem independentes
(mas em sociedade) no futuro.
COLOQUE O SEU CASAMENTO NAS MÃOS DE DEUS
Lembre-se desta frase:
“Aquilo
que segurei nas minhas mãos eu perdi, mas aquilo que coloquei nas mãos de DEUS
ainda possuo”. (Martin Lutter King)
SHIPP, Glover. Casamento é Uma Aliança, Não Um Contrato. 1 ed. São Paulo: Vida Cristã. 2002. p.36-38 (adaptação)
Texto
elaborado por: Wéllington
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