sábado, 19 de janeiro de 2013

A AUTORIDADE NO LAR

A SITUAÇÃO DE HOJE
Uma parábola moderna do casamento
Para ilustrar, vamos acompanhar a vida de um casal fictício: Cláudio e Sônia. Eles começaram a namorar no último ano do colegial. Logo depois da formatura, juntaram os trapos e passaram a viver juntos num pequeno apartamento, sem os benefícios de uma certidão legal ou de uma cerimônia de casamento. "Além do mais", diziam eles, "todo o mundo está fazendo isso".
Ambos entraram na faculdade e trabalharam em coisas estranhas. Em algum momento, eles descobriram que, para pagar as contas, precisavam de dinheiro.
Então veio a calamidade. Sônia ficou grávida. Contra as ordens expressas de Cláudio, ela decidiu ter o bebê. Então, saiu da faculdade e, alguns meses depois, um menino chegou a seu lar.
Cláudio se sentia responsável pelo bebê, mas estava ressentido com sua presença. Ele estava com um enorme fardo financeiro. Além disso, os pais de ambos, bem como Sônia, o estavam pressionando para que regularizasse seu relacionamento. Ele finalmente cedeu e ambos realizaram uma discreta cerimônia civil.
Entraram na rotina doméstica, ainda que a contragosto. Tão logo foi possível, Sônia começou a trabalhar para uma empresa de computação, deixando seu filho numa creche.
Cláudio continuou a estudar, enquanto trabalhava meio período numa loja de conveniência. Eles estavam obtendo recursos financeiros, mas isso mal pagava as contas.
Então, Sônia se viu grávida outra vez, para desespero de Cláudio. Ele a culpou por não ser suficientemente cuidadosa. Nesta gravidez, ela passou muito mal e precisou deixar o emprego.
Isto complicou ainda mais tanto suas finanças quanto seu relacionamento. Quando sua filha nasceu, a tensão estava no seu auge. Seu relacionamento estava na corda bamba. Eles mal se falavam. Quando o faziam, brigavam por qualquer coisa.
Finalmente Cláudio se formou e conseguiu um cargo inicial num escritório de advocacia. Uma de suas colegas era uma linda moça solteira, mais velha que ele e muito compreensiva com sua situação.
A compreensão evoluiu para intimidade no momento em que Cláudio iniciou um caso com sua amiga "compreensiva". Sônia suspeitou que algo estava errado e, quando outra pessoa viu Cláudio com aquela mulher, ela o confrontou.
Bastante agressivo, Cláudio culpou Sônia por todos os problemas que ambos enfrentavam e explodiu, colocando suas roupas numa mala. Sônia deu início ao processo de divórcio. Depois que a poeira assentou e se transformou em lama, o juiz lhe deu a custódia das crianças.
Batalhas legais se arrastaram por vários meses. Apesar de Cláudio tentar obter a custódia dos filhos, as crianças permaneceram com Sônia. Durante todo este processo, a família se fragmentou, deixando profundas cicatrizes nas crianças.
Por fim, ambos se casaram novamente. Cláudio logo se divorciou de sua segunda esposa e começou a se relacionar com uma terceira mulher. Enquanto isso, o filho de Cláudio e Sônia se tornou um problema sério, rebelando-se contra qualquer autoridade e tendo problemas com a polícia e até com a justiça.
Mais tarde já adulto, o filho reproduziu as ações de seu pai e viveu uma vida infeliz, entrando e saindo de diversos relacionamentos temporários. Sua filha se divorciou duas vezes e viveu com dois outros homens. Os netos passavam temporadas ora com o pai, ora com a mãe. Alguns deles deixaram a escola e se envolveram com drogas, álcool e sexo. Parecia que eles estavam seguindo os mesmos caminhos que seus pais haviam trilhado...

Algumas pessoas dizem que a infidelidade conjugal e o divórcio não deixam feridas nas crianças. Mentira! Lares partidos ferem o espírito dos filhos e aumentam em muito as chances de que eles desçam pelo mesmo caminho escorregadio da desintegração da família que seus pais trilharam. Assim como os filhos de alcoólatras ou de pais que praticavam abuso podem fazer o mesmo, a tendência ao divórcio parece migrar dos pais para os filhos, muito embora os filhos odeiem o que aconteceu com seus pais e com eles próprios.

Isto é um círculo vicioso. Divórcio gera divórcio. Lares destruídos geram lares destruídos. Famílias com apenas um dos pais geram famílias com apenas um dos pais. E o ciclo continua, deteriorando vidas e os próprios fundamentos da sociedade.

Isto chama-se falta de equilíbrio dentro do lar, existe uma disputa por espaço (autoridade) dentro da mesma casa,  por conta do entendimento distorcido a respeito da autoridade dentro do lar.
A Bíblia nos indica pelo menos três situações relacionadas ao este tema:

1)       Quando falta o temor exemplar pela autoridade constituída.
Números 16.1-40
Coré, Datã e Abirão se rebelam contra a autoridade de Moisés e suas famílias sofrem as consequências da rebelião.

2)       Quando a autoridade decide servir ao Senhor.
Josué 24.15
Josué havia visto acontecer esta grande tragédia na vida de desses homens e suas famílias e quando o povo tomou a terra prometida, poderia haver algum desejo de voltar as coisas que haviam ficado no Egito. Josué sabiamente, como autoridade constituída por DEUS no meio daquela congregação, assumiu o compromisso de servir ao Senhor. (Jr 11.10-11)

3)       Quando há equilíbrio dentro do lar.
Juízes 4.1-24
A casa de Débora (abelha, vespa) é um exemplo claro de equilíbrio dentro do lar.  A Bíblia têm todo o cuidado de mencionar que Débora era uma mulher casada. Seu marido Lapidote (tocha) deixava que ela exercesse o seu ministério profético debaixo da palmeira de Débora em Efraim. Ele entendia que isto era do Senhor e ela sabia que deveria ser um exemplo de obediência (Pv 28.9) para que Deus continuasse a falar por meio dela.

O QUE A BÍBLIA DIZ
A maior autoridade no lar cristão é a Palavra de DEUS, não só no lar, mas todos relacionamentos entre os seres humanos devem estar pautados pela Palavra de DEUS. O homem deve respeitar o espaço da mulher e a mulher deve respeitar o espaço do homem. Nenhum dos dois devem se anular, pelo contrário, segundo as Escrituras (Efésios 5.22-33; 6.1-4), o homem deve ser o cabeça dentro do lar, sustentando e cuidando para que haja a manutenção do mesmo, e DEUS lhe pedirá contas disso . A mulher deve auxiliá-lo neste propósito, entendendo que DEUS também pedirá contas acerca do seu auxílio. E os filhos devem entender que estão sendo lapidados, educados para viverem independentes (mas em sociedade) no futuro.




COLOQUE O SEU CASAMENTO NAS MÃOS DE DEUS
Lembre-se desta frase:
“Aquilo que segurei nas minhas mãos eu perdi, mas aquilo que coloquei nas mãos de DEUS ainda possuo”.  (Martin Lutter King)

Bibliografia:
SHIPP, Glover. Casamento é Uma Aliança, Não Um Contrato. 1 ed. São Paulo: Vida Cristã. 2002. p.36-38 (adaptação)



Texto elaborado por: Wéllington Nunes de Trindade - wellington.ministerio@outllo.com
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